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O processo da Educação Inclusiva no Brasil é longo e está sustentado em três grandes eixos: filosófico humanístico, política democrática progressista e direitos/valores humanos que precisam efetivamente ser investidos para a real modificação do panorama nacional: organização social, políticas públicas, e oportunidade sócio-econômica.

Uma questão implica em outra – para conseguirmos uma organização social quer seja da sociedade civil, pais, professores, estas pessoas precisam sair e vencer seus próprios esteriótipos e preconceitos (sair da condição de oprimidos) e conseguirem ter acesso a informação e seus direito e deveres (vencerem os opressores).

Se conseguirmos a organização social, criamos força, redes de apoio e interlocuções, portanto faz-se pressão para as políticas públicas atenderem no que de fato a sociedade precisa ser investida, o que chamamos de protagonismo social e empoderamento.

Se a sociedade é investida, as oportunidades e desigualdades humanas diminuem e mais pessoas deixam de ser excluídas. Sobrou a questão dos valores, que estão voltados para preservação do planeta e espécie humana, valores antropocêntricos e ecológicos, como por exemplo, Educação para a Paz, Educação Planetária, ainda caminhando mais lentamente, diria apenas midiaticamente.

Hoje observamos as pessoas mais organizadas, quer seja em fóruns, e-groups, ONGs, pastoral, etc. Isso é um bom sinal. Às vezes só falamos de Inclusão na educação, mas isso é a ponta do iceberg! E o start para tudo também, porque sem educação não vamos a lugar algum.

A questão da organização da estrutura escolar, currículos individualizados e avaliação continuada, já estão mais avançadas, mas há algumas resistências. No MEC, estas discussões estão caminhando e a LDB, vem dando subsídios suficientes para isso. Além dos tratados e acordos internacionais, como o último Congresso Internacional sobre Pessoas com Deficiência de 14 a 25 de agosto de 2006, que o Brasil também é signatário, conseguiram que terminassem com a segmentação do sistema de ensino, tornando um sistema único.

Tenho visto de tudo no Brasil, desde escolas que nem sabem o que é Inclusão a escolas que estão discutindo questões Planetárias, o Brasil é cheio de contrastes e não há como todos estarem no mesmo lugar, isso seria também um absurdo. Cada lugar tem seu estilo de aprendizagem próprio, seu tempo, seu contexto, isso precisa ser respeitado, mas isso não impede de que todos possam caminhar juntos, por isso o processo é sistêmico: coletivo e individual.

Estudos e experiências realizados no Brasil e no mundo demonstram que a Educação Inclusiva é benéfica para todos os envolvidos.

Os alunos com deficiência aprendem:

  • melhor e mais rapidamente, pois encontram modelos positivos nos colegas;
  • que podem contar com a ajuda e também podem ajudar os colegas;
  • a lidar com suas dificuldades e a conviver com as demais crianças.

Os alunos sem deficiência aprendem

  • a lidar com as diferenças individuais;
  • a respeitar os limites do outro;
  • a partilhar processos de aprendizagem.

Todos os alunos, independentemente da presença ou não de deficiência, aprendem;

  • a compreender e aceitar os outros;
  • a reconhecer as necessidades e competências dos colegas;
  • a respeitar todas as pessoas;
  • a construir uma sociedade mais solidária;
  • a desenvolver atitudes de apoio mútuo;
  • a criar e desenvolver laços de amizade;
  • a preparar uma comunidade que apóia todos os seus membros;
  • a diminuir a ansiedade diante das dificuldades.

 Qual é o impacto psicológico que essa inclusão pode causar nessas crianças?

A Educação Inclusiva vem para substituir a escola tradicional, na qual todos os

alunos precisavam se adaptar ao mesmo método pedagógico e eram avaliados da mesma forma. Quem não se enquadrasse, estava fora dos padrões considerados aceitáveis e era encaminhado para a classe especial, para a escola especial ou, simplesmente, acabava desistindo de estudar.

Portanto, o impacto recai exatamente na resignificação da identidade destes alunos excluídos, agora considerados como pessoas capazes, com possibilidades, projetos de vida, auto-estima, socialização, oportunidades, tendo seus direitos respeitados e sua voz escutada.

 Quais são os benefícios que essa inclusão proporciona?

A Escola Inclusiva respeita e valoriza todos os alunos, cada um com a sua característica individual e é à base da Sociedade para Todos, que acolhe todos os cidadãos e se modifica, para garantir que os direitos de todos sejam respeitados.

Essa é base da Educação Inclusiva: considerar a deficiência de uma criança ou de um jovem como mais uma das muitas características diferentes que os alunos podem ter.

E, sendo assim, respeitar essa diferença e encontrar formas adequadas para transmitir o conhecimento e avaliar o aproveitamento de cada aluno.

Vários estudos, no Brasil e no mundo, têm demonstrado que essa pedagogia centrada na relação com o aluno é benéfica para todos os estudantes com e sem deficiência porque:

  • Reduz a taxa de desistência e repetência escolar;
  • Aumenta a auto-estima dos alunos;
  • Impede o desperdício de recursos;
  • Ajuda a construir uma sociedade que respeita as diferenças.

Somente com o apoio dos professores, o Brasil poderá, de fato, oferecer uma Educação de Qualidade para Todos. E você, professor, pode começar a fazer isso agora. Não é preciso cursar uma faculdade. Basta você usar sua criatividade, seu bom senso, sua vontade de ensinar, sua experiência. E os professores especializados em alunos com deficiência e outros profissionais, como pedagogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais estão aí para ajudar você.

Além disso, uma das características mais interessantes da Educação Inclusiva é que ela deve envolver também as famílias e a comunidade. Isso significa que a Escola Inclusiva poderá beneficiar-se com parcerias com universidades, organizações não governamentais, centros de reabilitação, entidades de pessoas com deficiência, associações de bairro, associações comerciais locais etc.

Essa rede de parceiros, que inclui a participação da família, será fundamental para a escola conseguir os recursos humanos e materiais de que precisa para oferecer a melhor educação para todos os seus alunos.

Entre em contato comigo e agende uma entrevista:

Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista

CRP 41029-6

INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL

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